segunda-feira, 8 de agosto de 2011

E de repente... Relacionamento!

"Lá vem, lá vem, lá vem de novo. Acho que estou gostando de alguém. E é de ti que não me esquecerei..." (Legião Urbana - Giz)



Ultimamente ando parecendo disco velho, arranhado, tocando o mesmo trecho, a mesma música. Relacionamentos tornaram-se jogos. Verdade! Começarei a me explicar com uma palavra mágica: CONFIANÇA. Algo que vem e vai embora fácil, ao meu ver. O que queríamos é ser bem sucedidos em tudo na vida, mas parece que o 'exceto nos relacionamentos' tirou de cena tudo aquilo que estava em minha mente para continuar escrevendo aqui. Não é pessimismo meu, nem seu. São singelas formas de nos machucar menos, criando uma típica zona de conforto que às vezes se parece mais com o muro de Berlim...

Relacionamentos tornam-se jogos quando não nos entregamos por inteiro, por mera desconfiança da reciprocidade. Confiar na lealdade, na fidelidade e até na idade! Tornam-se jogos quando não acreditamos na probabilidade do outro nos amar mais do que nós mesmos. Que feio! É como se duvidássemos da capacidade do outro de amar. Como se só a gente soubesse amar. Muitas vezes, a vontade de ligar no dia seguinte é sufocada pelas experiências passadas. A vontade de procurar é mensurada pelas malditas vezes que não nos procuraram. A atenção oferecida é ligeiramente abandonada só porque ainda não deram sinal de vida pra gente. O que nos mostra que sempre quando achamos que aprendemos com algo, na verdade estamos reproduzindo a dor da dor. Isso não é aprender, é sofrer novamente. É comum a nós mortais encontrar razões até meio ilógicas para o desaparecimento da pessoa que estamos "afim". 'Deve estar sem créditos'. 'Pode estar ocupado'. 'Na certa, vai deixar pra fazer uma surpresa'. Alguém da família morreu'... Racionalizamos os conflitos internos ou desviamos o pensamento; é bem mais fácil lidar com as coisas assim. Porventura, irônico é não saber quando estamos sendo 'amados' também...

Um meio de entrar num bom relacionamento... Um meio, um meio, um meio... Existe? Um meio eu não sei, mas talvez um momento. Talvez quando estiver em paz, talvez quando se cansar e desistir, talvez. Seria um sonho se tivéssemos a certeza de que tudo o que passamos valerá a pena um dia, inclusive no amor. Mas o que vale a pena mesmo é acreditar, só pra gente mesmo, que o amor existe, a pessoa perfeita existe, só pra no final percebermos que tínhamos plena razão. Não precisar contar que acreditamos nisso pra ninguém. Acreditar lá no fundo que a sorte vem, O Dia vem, e que tudo aquilo que sonhamos está bem próximo de ser real. E está.

Verdade sobre mim: me prontifiquei a ser eu. Deixei de esconder palavras que dizem respeito ao que sinto, principalmente em relação às pessoas. Ligo no dia seguinte, dou bom dia, boa noite, olá. Com certeza não sou eu quem perco com isso. O bom de tudo é sentir que se houveram possibilidades para chegar onde queríamos, elas foram usadas. Dó de quem não soube valorizar. E se algumas pessoas se afastarem da sua vida, não fique triste. Pode ser apenas a resposta da oração: LIVRAI-NOS DE TODO MAL... AMÉM!

(Por Geraldo Vilela Mano Júnior)

Nenhum comentário:

Postar um comentário